domingo, 1 de agosto de 2010

Vai um conto ai?

Numa terra do outro lado do oceano, num tempo onde a magia ainda era presente. Uma família pobre de ouro que só tinha um pedacinho de terra, lá pelo fim do reino da rainha Saguir, tinha o sangue mágico nas veias, revelados em cada um de um jeito especial. Mas a rainha, que era sedenta por poder, ordenou que eles se tornassem seus criados; como recusaram, ela os condenou a morte.

Brigite, a mãe, tinha o poder de ver o futuro próximo e contou ao marido da desgraça que se aproximava, John Robert, o pai, enfeitiçou um botão de rosa e colocou o filho lá dentro, salvando-o de ser morto. O botão encantado só floresceria quando o menino estivesse grande o bastante para se defender sozinho.

Os anos se passaram, e a rainha teve uma filha, e a filha cresceu. Quando a princesa completou quinze anos, a rainha anunciou que todos os príncipes solteiros estavam convidados para cortejá-la e para apresentá-la organizou um baile. Para o baile, foram colhidos todas as rosas e os botões de rosa do reino todo para enfeitar o salão.

A princesa dançou com todos os príncipes pretendentes como a mãe ordenara, e na hora de anunciar o seu futuro marido seria o mais rico de todos. Tudo que a rainha queria era aumentar sua fortuna e poder. À meia-noite, no entanto, quando a princesa deveria anunciar o seu escolhido, o ultimo botão de rosa se abriu.

De dentro dele saiu um jovem rapaz de olhos tão claros e brilhantes como diamantes, e a pele vestia roupas da mesma cor das pétalas da flor que lhe serviu como moradia por tantos anos.

A rainha, reconhecendo a magia nele, mandou que os guardas o matassem como haviam feito com os pais dele. O rapaz se tornara um feiticeiro poderoso dentro do botão de rosa, e como punição pelo coração escuro da rainha e dos soldados, ele transformou todos em roseiras sem espinhos, para que nunca mais machucassem ninguém.

A princesa, assim que viu o jovem feiticeiro sair do botão, se apaixonou por ele e sabia que a mãe tinha que pagar de algum jeito por todo o mal que já tinha feito. No dia seguinte, os dois se casaram e enquanto viveram, o reino só prosperou e eles foram felizes.

Um comentário:

  1. / E eu que sonho ser a princesa do meu mundo enevoado pela escuridão, me deixo agora cair com a pequena perfeição de um conto.

    Ótimo conto, *-*

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