sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Senhora parca

Escrevo do que tenho medo,
pelo sentimento falho de poder.
Escrevo sobre a morte e desconheço,
qualquer um pra me dizer:
existe uma libertação?
Só mostraram-me a rendição,
o caminho rápido, esperança fraca.
Não a guardo comigo, tão excassa e doente
E realmente desejo que
passe ligeira, senhora parca.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

De morte

Estou definhando,
como vidro fluindo em veias.
Pele frágil sujeita ao frio da lâmina
me traga a faca,
me conceda a liberdade.

Estou me deitando,
junto de ossos e terra molhada.
Pele frágil sujeita ao frio do vento
me traga a taça,
me conceda a liberdade.

Estará escrito em lápides
de poetas mortos
e será cantado por tolos.
Estará escrito em banheiros,
público passageiro
e será contado por todos.

Que é de morte a minha sina.
E é de morte a minha sina.